07 setembro 2015

interview para billboard

uma entrevista foi postada recentemente so que agora foi para a billboard melanie falo do acontecimento que aconteceu na dollhouse tour do que ela acha de drogas , bebidas , cirurgia plastica etc.. 
                    

Melanie Martinez em ‘Cry Baby’, não querer ser um modelo exemplar e o que ela aprendeu no ‘The Voice’



A diretora de operações da Atlantic Records Group, Julie Greenwald, diz que nunca vai esquecer o dia em que conheceu a cantora e compositora Melanie Martinez. “Ela entrou na sala vestida com um vestido de boneca, o cabelo de duas cores diferentes. Ela estava usando um colar louco feito de partes de bonecos e tinha conseguido fazer um vídeo para sua música “Dollhouse” apenas colocando tudo o que tinha nele,” diz a executiva. “Seu cometimento era impressionante, era tudo a sua visão.”
Martinez sabia cantar também, e ela demonstrou isso sendo uma finalista na terceira temporada do The Voice, em 2012. Julie diz que sua “voz incrível” e ponto de vista “bem definido” convenceram ela e o co-presidente da Atlantic, Craig Kallman, a assinar a então adolescente à gravadora. “Queríamos dar a ela os recursos para ir lá fora e construir uma fundação real,” ela diz.
Agora aos 20 anos, Martinez, que tem descendências porto-riquenhas e dominicanas e é nativa de Baldwin, Nova Iorque, trabalhou com os compositores Kinetics & One Love e em maio de 2014 lançou um EP chamado “Dollhouse”, que continha uma faixa de mesmo nome e outra chamada “Carousel”. Melanie diz que esta é sobre um ex-namorado, e então, talvez por justiça poética, foi usada por Ryan Murphy como trilha sonora de um trailer para American Horror Story: Freak Show. Martinez então foi trabalhar em seu primeiro álbum, Cry Baby, o qual foi lançado em 14 de agosto. Apesar de “Dollhouse” e “Carousel” aparecerem no álbum, ele é uma expressão de sua obscura e sensitiva vida americana. (Seu ponto de vista poderia ser chamado de Lynchiano – apesar de que, ela conta à Billboard, ela nunca viu o filme Blue Velvet, de David Lynch. Porém, ela assiste Law & Order.)
Enquanto Cry Baby tem suas críticas, o álbum ressoou para o público. Sem tocar no rádio ou aparecer na TV, Cry Baby debutou em 6º nas paradas da Billboard 200, e atualmente está em 26º, com 54,000 unidades vendidas, de acordo com a Nielsen Music.
A cantora e compositora está atualmente em turnê, e seu empresário Ron Shapiro diz que a demanda por ingressos está sendo tão grande que ele está tendo que mudar de local para aumentar a capacidade de pessoas. Enquanto isso, Greenwald diz que a gravadora está tentando colocar seu single “Soap” em rádios alternativas, onde Martinez está ganhando algumas reproduções, e também está procurando aparições em programas de TV e outras oportunidades promocionais para ela. Melanie tomou um tempo de sua turnê para conversar sobre seu novo álbum, a personalidade que ela criou com Cry Baby e fãs que mostram sua apreciação por artistas em meios bizarros.


                                            entrevista :


Você já viu Blue Velvet, do David Lynch?
Não, eu não vi.
Tem uma cena icônica no começo do filme onde a câmera abre em um lindo e bem feito subúrbio. O sol brilha e a grama é muito verde, mas então coisas ruins começam a acontecer, a câmera desce abaixo da terra e então tem todos esses insetos e coisas horripilantes se arrastando. Sua música fez algo similar comigo: as músicas têm nomes e elementos infantis, mas então você escuta de perto e as letras são brutalmente francas e obscuras.
Bem, obrigada.
Você tem 20 anos, mas sua música te faz soar como se você tivesse vivido muito mais do que isso. É assim que é ser um jovem adulto hoje em dia?
Eu não sei. Acho que sim. Eu sinto que, quando estava crescendo, sempre senti as coisas um pouco mais fortes do que o resto das pessoas. Trabalhar nesse álbum tem sido muito emocional e pessoal, e criar essa personagem Cry Baby me ajudou a lidar com minhas próprias inseguranças. Eu joguei tudo na Cry Baby invés de mim mesma, o que me ajudou. Definitivamente foi um processo.
Quando você diz que o álbum é muito pessoal, quer dizer que você viveu essas músicas?
A música “Carousel” é sobre um menino que eu namorei. Essa é uma pessoal. A primeira do álbum, “Cry Baby”, também é. Cry Baby basicamente sou eu. Eu fui chamada de bebê chorona quase minha vida toda, e quando era menor, pensava nisso como um insulto. Eu era muito insegura sobre isso porque eu realmente levava as coisas pro lado pessoal, e na indústria da música você não pode ser assim. Eu definitivamente melhorei nesse ponto, mas acho que é algo muito difícil para mim porque eu sou muito emocional. Então escrever o álbum e criar essa personagem acredito que tenha sido eu tentando mudar a expressão “bebê chorão” para um elogio.
Você aceitou isso.
Eu percebi isso com o tempo. Cry Baby passa por todas essas coisas, algumas que eu também passei, e outras que eu obviamente inventei porque eu amo inventar histórias. No fim do álbum, Cry Baby evolui para uma pessoa que está muito confortável em sua própria pele, e eu posso dizer o mesmo sobre mim mesma. Eu sou muito menos insegura, e aceitei muitas das coisas que antes odiava sobre mim mesma.
Você veio em um tempo na música pop onde é tudo sobre singles, e mesmo assim, você lançou uma coleção de canções que se juntam em um álbum. Quais álbuns te inspiraram a fazer isso?
Eu amo The Idler Wheel… da Fiona Apple. É um dos meus favoritos. Eu amo todos os álbuns lançados pela Cocorosie, e também os dois últimos que a Ariana Grande lançou. Quando escuto um artista, escuto os álbuns. Obviamente, a gravadora vai forçar certo single, mas nunca se sabe se é isso que o artista quer ou tenta fazer com sua música. É sempre importante, eu acho, escutar as músicas estranhas escondidas no álbum para saber como realmente é o artista.
Nos agradecimentos do Cry Baby, você agradeceu a “qualquer pessoa que te fez chorar, quebrou seu coração, te fez passar raiva, ou te fez sentir qualquer coisa.” Como uma compositora, você sente necessidade de realmente ir lá e mexer com seu coração para escrever autenticamente?
Eu não escrevo tão bem quando estou feliz, se é isso que você quer dizer. Realmente é ruim. Eu posso escrever sobre algo que outra pessoa passou, sendo essa pessoa alguém que eu conheço ou se é uma história que eu inventei. Eu tenho uma boa imaginação, e eu assisto muito Law & Order [risos]. Mas eu definitivamente me sinto mais conectada com a música que estou escrevendo quando a vivi, e estou sentindo o que estou escrevendo sobre. É isso que eu prefiro. É uma bênção e uma maldição, porque eu fico querendo estar mais triste em uma sessão para que eu possa escrever mais. É bizarro, mas é verdade.
Então de onde vem sua camada obscura?
Eu não sei. De verdade.
Escutando suas letras, você parece ser contra o álcool e as drogas, e julgando pela música “Mrs. Potato Head”, contra cirurgias plásticas. Suas letras refletem como você se sente sobre esses assuntos?
Eu definitivamente não sou contra álcool e drogas. Eu fumo maconha, e bebo ocasionalmente, mas sou igual qualquer ser humano. Eu não sou contra nada, na verdade. Só acho que esses assuntos podem ser usados em canções sem serem algo como “vou festejar a noite toda e ficar f*****.” Prefiro falar sobre esses assuntos em um modo mais significativo. Mas sobre as cirurgias, sim, exatamente. “Mrs. Potato Head” é algo que esteve na minha mente por muito tempo. Eu gostei do visual de conseguir tirar partes do rosto de um brinquedo. É interessante como isso também representa uma metáfora para cirurgia plástica. Demorou um tempo para sair no papel. Foi a música mais difícil de escrever, mas valeu a pena.
Então, você criou a personagem Cry Baby. Você se vê como um artista como, digamos, David Bowie, onde você muda de personagem a medida que você passa por diferentes períodos da sua carreira? Ou Cry Baby vai continuar aqui por um tempo?
Não tenho certeza ainda. Cry Baby sou eu, então é difícil para mim abandonar um personagem que não é muito um personagem, entende? Ainda estou pensando nisso. As poucas músicas que já escrevi para o próximo álbum – se eu fosse continuar com a Cry Baby, eu definitivamente poderia continuar a história de algum jeito. Mas se não, ainda quero que o que eu faça depois seja no mesmo mundo. Se você fosse olhar para isso como um filme, Cry Baby é uma garota na cidade, e agora que eu contei sua história, depois eu contaria sobre seu vizinho. Quero que seja conectado de algum modo.
Você realmente parece ter criado um mundo em volta da Cry Baby. Você fez a versão física do álbum tipo um livro “Veja Dick e Jane Correr” (Dick and Jane é o nome de uma coleção de livros para crianças famosa nos anos 30-70, que as ensina a ler) para pessoas loucas.
Eu queria que fosse como um livro infantil para adultos, e minha amiga Chloe Terisigni – ela tem 19 anos e é incrível, ela ilustrou tudo. Ela trouxe tudo o que estava na minha cabeça para o papel, e estou muito feliz com isso. É meu primeiro álbum, é como meu bebê, e ter alguém que eu amo como artista desenhar ele todo – é um ótimo sentimento.
Você também dirigiu e estrelou seus próprios vídeos. Você construiu os cenários de “Dollhouse”, fez os figurinos e agora tem dirigido seus últimos três vídeos do álbum, “Pity Party”, “Sippy Cup” e “Soap”. Como é para uma artista independente trabalhar com uma gravadora que costuma comandar o marketing dos artistas?
Estarei sempre tendo meus altos e baixos, mas de longe tem sido muito incrível o quanto controle a Atlantic me deixou ter nos últimos anos. Eu posso dirigir meus próprios vídeos agora. Eu não estava autorizada a fazer isso no começo, mas eu escrevi todas as histórias dos vídeos “Dollhouse” e “Carousel”. Obviamente, outro alguém dirigiu-os pois eu não estava confiante o suficiente para sentir que eu podia tomar conta desse papel. Mas desde que eu disse para a Atlantic que eu estava pronta, eles reagiram tipo “Ok, vamos fazer isso”.
Eu sei que é um pouco cedo na sua carreira para perguntar isso, mas você se vê trabalhando em filmes ou televisão? Eu digo, nesse outono, Lady Gaga atuará num papel substancial na obra de Ryan Murphy “American Horror Story: Hotel”.
Eu amaria por minhas mãos onde eu puder. Agora mesmo, estou tão focada em escrever músicas. Estou em turnê, e tudo que quero fazer é compor. Mas eu quero fazer vídeos para todas as músicas do meu álbum, conectar todos eles e contar a história do álbum visualmente. Eu sei que vai levar um tempo, mas isso é algo que estou prestes a falir para fazer, sabe.
Você financiará esses vídeos sozinha?
Alguns deles, sim. “Dollhouse” foi financiado [por mim]. “Carousel” e “Pity Party” foram feitos com a gravadora. Mas têm momentos que eu penso que vou pagar por isso se ninguém pagar, pois eu preciso muito disso. Farei shows extras ou qualquer outra coisa para ter certeza que concluirei isso. Na verdade, eu paguei pelas cópias físicas do álbum – o livro de histórias – pois é tão detalhado e custou muito para produzir páginas extras. Eu fiz três shows VIP pois eu queria muito que meu álbum fosse assim.
Falando em performar, recentemente você teve sua bolsa roubada em um show, e escreveu um post interessante no Tumblr falando sobre os trolls que responderam aos seus pedidos de devolução. Eu sei que você já está em outra, mas eu estou me perguntando se seu post teve algum efeito sobre os fãs que te chamam de “mãe”.
Eu espero que sim, pois é algo que estava na minha cabeça por um tempo. Tenho certeza que está na cabeça de todo artista entre 24 e 27 anos e é muito difícil para nós falar sobre isso pois somos extremamente julgados. Eu gostaria de viver em um mundo onde artistas e fãs pudessem ter uma relação melhor. Fãs estão sempre em busca de uma relação melhor. Eles dizem “Eu quero ser seu melhor amigo”,  mas eles não te fazem sentir que pode se abrir com eles, sabe? Pois se você é muito amigo de alguém, você não o julgará. Você expressa qualquer coisa para ele, e eles saberão tudo sobre você e ficarão tranquilos com isso.
Taylor Swift recentemente falou sobre os fãs a chamarem de “mãe” também.
Talvez eles achem legal te chamar de “mãe” e “rainha”, mas na verdade isso é colocar mais pressão em você, tipo, ser perfeita e ser alguém que eles possam se espelhar. E não é por isso que faço música. Eu  não me importo em ser o modelo de alguém. É apenas algo que estive pensando por um tempo, e eu queria muito expressar o quanto eu estava decepcionada por alguém ter tirado algo tão pessoal de mim. Quer dizer, é tão ilegal também.
Foi um fã que roubou sua bolsa?
Sim. Eu já tive coisas roubadas antes. Em uma das minhas turnês eu vesti um roupão vintage no palco que minha amiga me emprestou. Eu tirei no palco, e quando eu saí do palco, alguém subiu e pegou [o roupão]. Segurança não estava muito boa naquela noite.
Isto é muito abusado.
Foi por isso que eue estava muito mais furiosa dessa vez. Mas eu  estava apta à pegar o roupão de volta indo ás redes sociais. Alguém me disse “Meu amigo pegou, mas ele está com tanto medo de falar”.  Então eu estava apta a pegar o endereço dele e nós dirigimos até  sua casa. E até lá, ele foi tão rude sobre toda a situação. Eu disse para ele que iria pessoalmente buscar “Minha mãe não quer que você entre, ela está dormindo e blá, blá, blá”. Eu estava tipo “Eu não quero entrar na sua casa. Não quero conhecer seus pais. Só quero meu roupão de volta. Você tem algo que não te pertence.” Então, o garoto colocou o roupão na caixa de correspondências e meu baterista pegou. Nós vimos o menino olhando pela janela o tempo todo.
(Lembre esse fato aqui)
Essa experiência podia ser uma música.
Sim. Você viu os pequenos olhos dele pela janela. Então, meu baterista pegou o roupão de volta, aí o menino postou por todo o Twitter “Ela nem veio pessoalmente. Ela mandou outro algém buscar” e eu respondi “Não, eu estava lá. Eu estava no carro e vi você se escondendo na janela.” Foi tão divertido. Você tem suas coisas roubadas e então eles agem como se você tivesse feito algo errado. Você não é tratado como um ser humano.
Ouvi que você é fã de filmes de terror. Quais são seus favoritos?
“The Shining” é meu filme de terror clássico favorito. Estou tentando pensar. Eu odeio que meu cérebro para quando eu tento pensar nas minhas coisas favoritas. Fico com “The Shining”.
Sei que o “The Voice” está muito atrás de você, mas eu me pergunto se você aprendeu algo dessa experiência que você usa hoje em termos de música e performances?
Eu aprendi muito sobre toda a coisa dos bastidores da TV, e eu não digo “Oh, tudo é perfeito, e estou tendo muita diversão, é tão perfeito, sabe?”. Quando eu tinha 15 anos era obviamente  o que eu pensava. E então quando eu me inscrevi eu tinha 16, eu percebi que na verdade é muito louco por trás das cenas. Eu estou muito mais confortável em frente à câmera por conta disso, o que é legal pois eu não estava antes disso. Eu estava muito esquisita. E definitivamente fiz muitos amigos que continuam amigos até hoje.
A turnê está indo bem. Você está esgotando muitas datas e em Nashville, Pittsburgh, Detroit e Minneapolis, eles estão tentando encontrar locais com maior capacidade para atender à demanda de ingressos.
Eu não pensei que isso fosse acontecer tão rápido, mas eu estou muito ansiosa pois nós temos esses blocos “Cry Baby” que acendem e outras coisas que não cabiam em alguns palcos menores. Então é legal podermos usá-los agora.
Qual a faixa etária dos fãs que vão para os seus shows?
Se é faixa etária livre, terá literalmente todas as idades. Será muito estranho, tipo, homens de 60 anos e meninas de 9 anos.
Isso é…
Muito confuso [risos].

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